sexta-feira, 15 de novembro de 2013

MUBE (Museu Brasileiro de Escultura) - Paulo Mendes da Rocha

*Graduando em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie
Um olhar desatento e você é capaz de passar pela rua Augusta, em São Paulo, sem notar que lá está construído um dos museus mais interessantes do mundo. Isso quem diz, não sou eu. Reconhecido internacionalmente, o projeto de Paulo Mendes da Rocha foi citado no jornal Le Monde de 29 de outubro de 1999 (São Paulo, capitale culturelle du Brésil – Une Megalópole sous-estimée abritant des chefs-d’oeuvre architecturaux) como um dos espaços mais belos do século, classificado entre os finalistas do prêmio Mies van der Rohe de 1999, sendo considerado a obra-prima do arquiteto vencedor do Prêmio Mies van der Rohe para a América Latina em 2000, e Pritzker Prize 2006.

Quando em 1980 um lote vazio no bairro dos Jardins estava prestes a se tornar um shopping-center, os moradores pressionaram as autoridades para que lá fosse criado uma praça pública. Para isso, contrataram o arquiteto Mendes da Rocha. Concluído em 1995, os 7000 metros quadrados estão colocados abaixo do nível do solo, preservando no nível da rua aquilo que São Paulo menso tem: espaços públicos e verdes.

Entretanto, o destaque do museu fica por conta da grande viga que sustenta uma cobertura que se parece com uma longa mesa ou bancada . Além de fornecer abrigo contra sol forte e as chuvas de verão da Terra da Garoa, esse marco sutilmente define o espaço dos jardins de esculturas ao ar livre.

Criado pelo grande paisagista Roberto Burle Marx , os jardins são mais do que apenas um complemento bonito para o projeto de Mendes da Rocha . Eles formam uma parte integrante do próprio museu , exibindo obras monumentais de esculturas modernistas como Ivald Granato e Francisco Brennand . Em meio destes trabalhos, há pouca indicação de que você está sobre um vasto museu. 

O interior do museu é composto pelos escritórios administrativos da casa, bem como uma escola de arte. Além deles, encontram-se as ininterruptas galerias de exposição, que contribuem para os espaços parecerem ainda mais vastos do que eles realmente são. Uma configuração ideal para exposições de esculturas.

Uma visita ao MUBE não é como uma visita a qualquer museu. Andar pelos espaços do MUBE traz à tona reflexões sobre a qualidade de nossos espaços públicos que são cada vez menores e de inferior qualidade.

Foto da Laje-viga do Mube
Interior do Museu. Galerias de exposições
Imagem sob o vão do Mube

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