segunda-feira, 14 de outubro de 2013

QUAL A "COR" DA SUA VOZ?

*Educadora Musical e Regente de Coral, formada pelo Conservatório de Tatuí

Olá amigos, estamos aqui novamente e agora para conversarmos sobre voz. Você sabe dizer qual a sua classificação vocal? Já ouviu falar em sopranos, contraltos, tenores e baixos? Você sabia que mesmo não tendo uma prática vocal de canto sua voz tem uma classificação?



Pois é, essa classificação é feita através de testes vocais com profissionais capacitados e são testes que conferem a tessitura de cada pessoa, ou seja, o tamanho de voz – número de notas (altura) que a pessoa consegue atingir, do mais grave ao mais agudo. É genético, herdamos de nossos pais, pois a “cor” da voz depende do formato de nossas pregas vocais, ou músculos vocais. Vamos conversar um pouco a respeito disso. 

Voz é o som produzido pelo homem, através das pregas vocais, para falar, cantar, enfim, se expressar. Não identifica somente a sua idade e sexo, mas é um dos meios mais fortes de identificação de características de personalidade e estado emocional. Um bom exemplo de que nossa voz está relacionada com características diversas, inclusive com nosso estado emocional, é quando em estado de excitação ou nervosismo, as pregas vocais se esticam produzindo sons mais agudos. Outra característica está relacionada a ingestão de álcool e cigarro, que deixam as pregas frouxas e, consequentemente, a fala mais grave.


A produção vocal acontece de forma tão espontânea que não nos atemos na complexidade do trabalho de nosso corpo para a sua produção. Ela é produto de um trabalho em conjunto entre nossos sistemas nervoso, respiratório e digestório, além de músculos, ligamentos e ossos que atuam em perfeita harmonia para que aconteça uma emissão eficiente. A fala está relacionada com a necessidade que o homem tem de se agrupar e se comunicar.  

Por que existe uma voz grave e outra aguda? O que faz a diferença entre essas vozes? Talvez essa seja uma pergunta que você já fez, não é mesmo? Bem, como eu expliquei acima, a “cor” da voz – se ela é grave ou aguda – depende de uma questão genética, além também do sexo e idade. As vozes funcionam em frequências.

Um exemplo: a diferença entre vozes como da cantora Ana Carolina e da Tetê Espíndola é a mesma que há entre um “cello” - o nosso conhecido violoncelo - e um cavaquinho; o comprimento e a espessura das cordas são diferentes. As cordas mais espessas produzem sons mais graves e as mais finas, sons mais agudos. As pregas vocais das mulheres e das crianças são menores do que as dos homens, por isso eles tem a voz mais grave.

Ilustração: Luciano Veronezi

Bem, hoje conversamos um pouco sobre a voz e sua emissão. Gostaria de adentrar um pouco com vocês no universo da voz cantada. Para isso, quero compartilhar uma vídeo-aula muito bacana do pessoal do Cifra Club e que uso muito com meus alunos.

Natália Sandim fala sobre classificação vocal; diferenças entre o canto erudito, coral e popular; critérios usados na classificação das vozes e explica como essa classificação é feita.


Que esse nosso papo de hoje tenha despertado você para uma observação mais atenta da sua voz e das vozes à sua volta e, talvez, quem sabe, desperte-o para a prática do canto solo ou coral que faz muito bem ao corpo, à mente e ao coração.

Abraços e até a próxima semana. 

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