quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CINEMA, UMA HISTÓRIA QUE ENSINA...

* Professora universitária e mestre em Mídias Digitais
No mês dos professores, eles foram homenageados e estiveram nas ruas, gritaram e protestaram quanto à forma com que são tratados em nosso país. Os textos anteriores retrataram exemplos de professores de todos os tipos: doces e bravos, tradicionais e irreverentes, mas hoje quero lembrar os professores informais. Isso mesmo, os que estão dentro de casa, que não estudaram para ser professores, mas educam como mestre.

Um filme, na maioria das vezes, é algo positivo: é atrativo, traz entretenimento e reflexão ao mesmo tempo. A sétima arte ainda pode retratar processos de aprendizado bem-sucedidos.  Nem sempre as lições e o aprendizado vêm dos grandes campeões de bilheteria, por isso os filmes que mais proporcionam aprendizado - e são pouco aclamados pela critica e público - são conhecidos como “filmes de arte”; eles não conseguem atingir as massas e, às vezes, acabam sendo um esforço sem grandes resultados, mas eles estão espalhados pelas telas e vale conferir.

Um bom exemplo é Mary e Martha: Unidas Pela Esperança; o filme não é uma superprodução de Holywood, mas tem uma história fantástica onde Mary (Hilary Swank) e seu filho se mudam para África. Na tentativa de proteger seu filho George do bulling que sofria na escola. Mary passa a ser sua professora e a sala de aula passa a ser o cenário da África. George contrai malária e morre, a exemplo de outras milhares de crianças. Logo Mary conhece Matha, que também perdeu seu filho no mesmo local e pelo mesmo motivo. Juntas, elas tentam sobreviver e encontram forças na luta para tentar impedir que outras famílias sofram deste mal, assim como elas. A fotografia do filme é linda e sua trilha sonora envolvente; possui várias cenas que provocam profunda reflexão, e não é apelativa. O drama dá uma boa chacoalhada, prepare-se.

Outro filme envolvente, mas que, diferente do anterior foi aclamado pelo publico, é Um Sonho Possível, baseado em uma história real, apresenta a vida de Michael Oher (Quinton Aaron) que é um jovem negro, filho de mãe viciada e sem lugar para morar. Com vocação para o esporte, um dia é observado pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock), enquanto procurava abrigo para dormir longe da chuva. A família milionária convida Michael para passar a noite em sua casa, mas ele não imaginava que esse dia mudaria sua vida para sempre. O elenco fez bonito e Sandra Bullock levou a estatueta do Oscar por provar com seu papel que ainda existe gente boa no mundo.

A fórmula do filme ajudou emplacar nos EUA: personagem real, ídolo futebol americano e o componente "pobreza" deram certo, não só lá, no Brasil também. O filme foi sucesso nos cinemas. Emocionante, às vezes faz lacrimejar os olhos; bonito de se ver e difícil de acreditar em tamanha dedicação de uma mulher ao assumir um novo filho e lutar por suas oportunidades. Um Sonho Possível, considerando os dias atuais, revela uma bondade tão bonita, que até assusta; parece impossível existir e apresenta a história de uma família que, abrindo seus corações e derrubando preconceitos, se transforma para sempre.


Pois bem, é isso aí: não importa quem ensina e como ensina, mas sim o que ensina. E para essa semana  a tarefa de casa é escolher entre um clássico, drama, cult ou popular aquilo de que você mais gosta e assiti-lo. O importante é aprender uma lição que nos modifique para o resto da vida. 

Até a próxima semana!

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