segunda-feira, 16 de setembro de 2013

VERDI

*Professora de música e coral, formada pelo conservatório de Tatuí
Esse ano comemoramos o bicentenário de nascimento do compositor italiano Giuseppe Verdi. Ele foi considerado o maior compositor nacionalista da Itália, comparado a Richard Wagner (Alemanha), que nasceu no mesmo ano de Verdi. 

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi nasceu em 10 de outubro de 1813 em Le Roncole, uma pequena vila no município de Busseto – Parma-Itália e faleceu em 27 de janeiro de 1901, com 87 anos em Milão.

Inicialmente estudou na sua região, mas ao completar 20 anos mudou-se para Milão, onde continuou seus estudos, dedicando-se principalmente à composição de música para o teatro de ópera. Ele foi um dos compositores mais influentes do século XIX.  

Suas obras são executadas em todo o mundo e muitas arias são bem conhecidas, tanto que se misturam à
cultura popular e são freqüentemente executadas separadamente das operas, até mesmo em eventos com temas populares.  

Vou lhes mostrar dois exemplos da popularidade das obras de Verdi, interpretadas fora do contexto operístico. “Va, pensiero”, coro dos escravos Hebreus da ópera Nabucco: Pavarotti e Zucchero:

http://www.youtube.com/watch?v=6bt9RTMDvX4;

“La Donna è mobile”, da ópera Rigoletto:

Andrea Bocelli:


Uma ária de Verdi, muito conhecida e executada em casamentos é a “Glória aL Egito e ad Iside”, que é a Marcha triunfal da ópera Aida:


La Traviata é sua ópera mais encenada no mundo. Essa obra tem em seu enredo a historia de uma prostituta que é transformada por todos em uma cortesã. Ela vive um amor muito forte e retrata a questão do preconceito. Segundo Cleber Papa, diretor e produtor cultural, essa obra é um exemplo claro da “Falsa moral burguesa do séc. XX”.  Veja aqui uma das arias mais conhecidas dessa opera: “Libiamo”- Baden-Baden, Elina Garanca (mezzo-soprano - Latvia), Ramón Vargas (tenor - Mexico), Ludovic Tézier (baritone - France): 


Verdi compôs mais de 20 óperas, dentre as mais importantes podemos listar: 

Rigoletto (1851) – essa opera fala sobre um corcunda em meio a jogos de sedução na nobreza;                   La Traviata (1853) – é um romance entre uma cortesã e um rapaz de família; 
Aida (1871) – no Egito antigo, uma escrava vive um amor proibido; 
Otello (1887) – inspirada na obra homônima de Shakespeare; 
Falstaff (1893) – narra as aventuras de um fanfarrão, personagem de Shakespeare.

Outras obras igualmente importante são: 
Nabucco (1842); 
Macbeth (1847 – tendo uma versão revisada em 1865); 
Il Trovatore (1853); 
Um Ballo in Maschera (1859); 
La Forza Del Destino (1862); 

Deixo com vocês, meus queridos leitores, um incentivo para que assistam as operas de Verdi. Tenho certeza que ficarão fascinados com a beleza de seus enredos, personagens e sairão extasiados dessa experiência com a belíssima obra musical desse grande compositor italiano.  

Uma dica para quem for à São Paulo é a exposição que acontece até o dia 29/setembro no Museu da Imagem e do Som com o título “Verdi 200 anos – Imagens em Transição”. Aqui, uma matéria exibida no Metrópolis, da TV Cultura, sobre a exposição de Verdi:

http://tvcultura.cmais.com.br/metropolis/200-anos-de-giuseppe-verdi-metropolis-06-09-2013

Falaremos mais sobre opera na próxima semana. Conversaremos sobre Richard Wagner – o compositor preferido de Adolph Hitler e que nasceu no mesmo ano de Verdi. 

Ótima semana para todos. 

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