quinta-feira, 8 de agosto de 2013

ÂNGELO POURA

*Artista plástica e contadora de histórias
O artista em seu ateliê
Olá pessoal, tudo bem? Esta semana gostaria de apresentar para vocês esse artista, de um trabalho tão particular: Ângelo Poura.

Empresário na cidade, trabalha com arte desde os 14 anos de idade, no antigo Instituto Noroestino Trabalho, Educação e Cultura – INTEC, na área publicitária. Com artes plásticas é autodidata, fabricando suas próprias tintas e telas.

Sua vida está rodeada de arte: esculturas, luminárias, painéis, telas, objetos de designers... tudo em sua residência dialoga com as artes. De formação cristã, seu trabalho é todo carregado de temática religiosa: cenas bíblicas, santos, temas como vida, morte, ressurreição, bem, mal, vida eterna... De tudo um pouco vai parar em seu trabalho.

“Faço de tudo um pouco em artes plásticas. Para criatividade, não há barreiras. As ideias começam a surgir e aí deixo fluir. A decisão por esta ou aquela linguagem, uso de materiais etc. é consequência desta reflexão, dessa minha relação com temas e ideias que vão nascendo”, declara o artista sobre seu processo de criação e produção.

O artista diz ser apaixonado pelo ser humano, sobretudo as pessoas simples do povo, trabalhadores braçais, gente anônima. “O jeito de ser de cada pessoa, um gesto, o ir e vir tão particular em cada um são meu objeto de produção”, comenta.

Para Poura, arte é a expressão de um povo ou época através da observação e o sentimento de um artista. As artes plásticas, segundo ele, tal qual as pessoas estão acostumadas a ver, como em quadros ou escultura, estão em decadência. “Hoje, a arte é muito mais dinâmica, de visualização rápida e descartáveis”, pondera o artista.

Em sua visão,  o Brasil segue a mesma tendência nos grupos mais avançados, porém, a maior parte dos artistas vive ainda a mentalidade do século XlX. “Em nossa cidade e região, a arte não existe, apenas sobrevive pela força de nossos artistas anônimos”, se queixa. Para que esse quadro se modifique, o começo seria uma formação cultural que desse conta de criar um público consumidor de arte, que valorizasse tanto o artista quanto sua produção.

Os artistas, na visão de Poura, são os primeiros a ver e sentir o que acontece em uma sociedade. São eles que abrem novos caminhos e a tendência que a sociedade vai percorrer. Precisavam ser melhor prestigiados, mais ouvidos, melhor compreendidos. “Minha arte está envolvida com os problemas e espiritualidade de uma sociedade”.

Dentro os trabalhos a que teve acesso e que considera emblemático é a tela “Retirantes”, de Cândido Portinari. “Ele conseguiu colocar nesta obra toda dor e o sentimento de um povo, através da imagem, das cores e pinceladas, uma verdadeira obra de arte. Ao olharmos para as figuras, somos capazes de sentir o que passa na alma daquelas pessoas e toda sua história”, analisa Ângelo Poura.

Retirantes - Cândido Portinari
Bom, espero que tenham gostado. Eu, particularmente, considero os trabalho de Ângelo Poura de um vigor e introspecção únicos. E estamos precisando de uma nova exposição sua, Ângelo!


Um forte abraço e até semana que vem!

Alguns trabalhos do artista:








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