domingo, 2 de junho de 2013

PETIT COMITÉ - JAMBALAYA NOS REÚNE

*Professor universitário e mestre em Hotelaria e Turismo


Não é de hoje que a comida reúne pessoas! Dos banquetes da Idade Média aos jantares da contemporaneidade o fato é que, ao convidar pessoas, implica-se em servir algo bem elaborado no comer e escolher bebidas adequadas para acompanhar, seja em um evento profissional, familiar ou informalmente, para um grupo pequeno de amigos que se reúne para petiscar; alguém há de pensar no assunto... Qual será o cardápio, a quantidade ideal para o número de pessoas, que bebidas harmonizam com o prato etc...

Reunir um grupo de amigos periodicamente para degustar um prato ou bons vinhos denomina-se “confraria”, que, segundo o dicionário Aulete, significa "associação ou conjunto de pessoas que tem os mesmos interesses e objetivos; grupo mais ou menos organizado de indivíduos que tem a mesma condição ou categoria social, ou a mesma profissão, atividade etc.”. De fato, as confrarias enogastronômicas são um excelente motivo para reunir amigos em petit comité e um compromisso para entreter-se nas horas de lazer e comer bem. Tornou-se modismo no final da década de 1990 e ganham novos adeptos até então. Mesmo na informalidade, é claro, que para organizar o grupo é preciso estabelecer algumas regras, tais como: um número restrito de participantes; estar aberto a novas experiências gastronômicas; pensar na temática do encontro, no alimento e na bebida; planejar o calendário com antecedência e evitar cancelamentos.

Nesta semana, informalmente, reunimos um grupo de amigos para degustar de uma receita muito interessante do ponto de vista gastronômico: a “jambalaya”. Originária do sul dos Estados Unidos, da região de New Orleans, é um prato típico de influência hispano-africana, a base de arroz, frango, presunto, lagostim e de sabor bem condimentado, cozido lentamente. Assemelha-se a Paella Valenciana, mas teve grande contribuição da cultura negra e francesa.

Quando combinamos o encontro, não comentei do que era feito o tal prato, propositadamente, para gerar expectativas; disse apenas que era uma comida norte-americana e que iriam gostar muito. Jambalaya também é o nome de uma música, composição de John Fogerty, do álbum Blue Ridge Rangers (1973) que iniciou sua carreira solo após deixar o grupo Creedence. Curiosamente a letra diz que Jambalaya é uma torta de lagosta e filé ao estilo Gumbo (um ensopado com quiabo e camarões), prato característico da culinária Cajun (dos colonizadores franceses expulsos do Canadá). A letra da música ainda retrata muita diversão com os amigos num pântano.

“Jambalaya é uma torta de lagosta e filé ao estilo Gumbo
Porque esta noite eu vou ver os meus queridos amigos
Pegue a guitarra, encha a jarra de frutas e se divirta...
Vai ter muita diversão no pântano”

<http://youtu.be/ati0QCPC3CQ>

A jambalaya pode ser feita na versão Creole (com tomates) ou no estilo Cajun (sem tomates). Optamos por fazer a Creole, porém não usamos o Lagostim, que é difícil encontrar aqui no centro-oeste paulista. Para segurar um pouco a acidez dos nossos tomates acrescentei, por conta própria, cenoura.

O prato assemelha-se à paella ou a um risoto
RECEITA



Assim como jazz característico de New Orleans, a jambalaya é sinônimo de miscigenação, diversidade e alegria. Amo preparar este prato. A cada ingrediente acrescido na produção é liberado um aroma diferente - o salsão, a cebolinha, a sálvia, o tomilho, a folha de louro, o pimentão, a pimenta caiena preenchem o espaço, alucinando a todos que apreciam. A combinação das proteínas (frango, presunto, calabresa e lagostim) disputam espaço ao paladar, trazendo muito prazer ao degustá-lo. Vejam só as impressões causadas aos amigos que participaram desta inusitada experiência gastronômica:

Fabiana Abreu (27), arquiteta: “Fui surpreendida com o prato! Não é simplesmente um arroz com legumes e carnes, mas sim uma receita que envolve bem os ingredientes onde todos os sabores são harmonizados. Resultado final, delicioso!”;

Suleima Bighetti (26), pedagoga: “É um prato delicioso de sabor único, que mistura muitos temperos, resultando em uma comida saborosa. Já tive a oportunidade de comer três vezes e, em todas, adorei.”;

Luciana Dantas (28), psicóloga: “Bom, até hoje não fazia nem ideia do que era um jambalaya. Fiquei me perguntando como seria esse prato e, bem, acho que descobri da melhor forma. O prato é delicioso, com a mistura de vários ingredientes e temperos, tem um sabor todo especial e inesquecível.”;

Anelise Almeida (39), relações públicas: “Muito bom! Já comi várias vezes e a cada vez parece que tem um sabor diferente. Amo a relação de ajuntamento de ingredientes e de pessoas amigas no compartilhar deste prato.”;

Izabelle Falsetti (30), fisioterapeuta e Lucas Falsetti (20): “O aroma é delicioso e te convida a comer. É marcante, sem pesar no estômago. Um prato que certamente irei repetir... uma delicia!”;

Mário Cesar Abreu (33), ciência da computação: “Me surpreendi com o aroma desse prato e foi muito bem feito, e gosto muito agradável. Jambalaya está aprovado e, por ser feito tranquilamente, agrada a todos!”.

Experimente você também! Até a próxima...

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