Amanda Fernandes
Abandonas a parte que te encerra
desprende da mão que te afaga
que a corrosão do teu desejo entre
o rubor dos teus dias
irão arrancar-te a realidade
Socorre-te na chuva
deixe que os pingos d’água
toquem na razão do teu rubor
na inconstância das tuas verdades
Sei que o medo ainda te acomete
sei que outro alguém
nestas noites, te enrubesce
e abandona dentro de ti
as lágrimas do meu prazer
Sei que quando eu caminho
você estaciona na boca
que te escarrou de sofrimento
acaricia a mão que apedrejou
o teu desejo
Assim esquece do corpo
que te aqueceu no último dia
de tua sanidade...
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