domingo, 15 de agosto de 2010

21ª Bienal Internacional do Livro – um marco em minha vida



De 12 a 22 de agosto, em São Paulo, acontece a 21ª edição da Bienal Internacional do Livro, uma das mais importantes do mundo. O evento é integrado por diferentes ações, que vão desde palestras, mesa de discussão, apresentações culturais, lançamentos e compra de livros, além de contato com livreiros, editoras, escritores, ilustradores e muito mais.
Há espaços e atividades para os mais diferentes públicos: crianças, jovens, adultos, idosos, professores, gestores escolares, intelectuais das mais variadas áreas e gente simples, que curte uma boa leitura.
Sábado, dia catorze, estive com um grupo de colegas da Secretaria Municipal de Educação de Araçatuba e alunos dos cursos de Pedagogia e Artes Visuais da Faculdade Uniesp, Birigui. A maior parte presente pela primeira vez numa Bienal de Livros. No final, perguntei se gostaram, mas não era nem preciso perguntar. Todos estavam com sacolas cheias de livros e muitas histórias para contar.
Na ocasião, também, lancei dois de meus livros e, junto com as escritoras Marilurdes Martins Campezi (Lula) e a Wanilda Borghi (representada), tomamos posse do Núcleo da União Brasileira de Escritores – UBE em Araçatuba e região.
Foi um momento particularmente especial para mim. Eu que há muitos anos venho acompanhando a Bienal de Livros como visitante estive presente neste ano como colaborador do evento. Receber o crachá de escritor e ser empossado coordenador do Núcleo UBE em Araçatuba foi um dos melhores presentes que recebi até hoje.
Ficava feliz sendo acotovelado e “atropelado” nos corredores do Anhembi e nos estandes das editoras. Causava-me emoção ver tanta gente sentada, debruçada num balcão, em filas enormes de caixas para folhear, ler e comprar livros.
Fico feliz de verdade quando vejo tanta gente se alimentado de arte, se humanizando por meio da literatura, da música, do teatro, do cinema, da pintura... Isso significa que quanto mais acesso pudermos dar às pessoas para que usufruam de bens culturais, tão mais mergulharão nesse prazer.
“É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar nossa incompletude.”
É com as palavras do escritor Bartolomeu Campos de Queirós em seu “Manifesto por um Brasil literário” que gostaria de encerrar este artigo. Também na esperança de que TODOS e TODAS que trabalham com Educação, com Arte, com formação de pessoas entendam e deem valor ao trabalho com as artes de modo geral e, mais particularmente, com a literatura, isto é, a arte da palavra. Afinal, somos todos PALAVRAS.

Antonio Luceni é mestre em Letras e escritor, membro da União Brasileira de Escritores - UBE e Diretor do Núcleo UBE – Araçatuba e região.

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