domingo, 21 de junho de 2009

PELOS MENOS MAIS DUAS ALEGRIAS


Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com

Esta semana, pelo menos duas novas alegrias: o fim do horário de verão e flores da quaresmeira.
Fim do horário de verão. Já manifestei meu descontentamento nestas linhas a respeito do horário de verão e o fazia diariamente, sobretudo nas noites mal dormidas ou bem vividas já adiantadas nas horas inexatas do fuso horário-gringo.
Agora, aquela sensação de verdade – mesmo sabendo que também o horário “certo” é um engodo, uma convenção. As noites serão noites de fato! Ao cumprimentar os alunos na faculdade não sabia se dizia “boa tarde”, respeitando a luz do dia, ou se falava “boa noite” com base no relógio. Sem contar aquela sensação de estar sempre perdido. Era claro, mas já era noite; estava sem sono, mas já era hora de dormir; e assim por diante.
Tomara que demore muito para chegar o próximo. Aliás, não quero nem ficar pensando no próximo. Quem sabe não aparece algum deputado enjoado com o horário de verão e proponha uma lei para que ele não mais aconteça. (Será que os deputados se preocupam com horário? Sei lá!).
Flores da quaresmeira. Acho que já citei nesta coluna o apreço que tenho por plantas, pela natureza de modo geral. Meu jardim está cheio delas: ipês, lírios, trepadeiras diversas, jasmins, roseiras, coqueiros e uma quaresmeira... Minha história com ela é peculiar. Sempre quis ter uma. Quando a comprei, segundo a dona da floricultura que a me vendeu, era para ser cor-de-rosa. Passaram-se os anos e ela nada de dar flor. Via todas as outras da idade dela florirem e ela nada. Até que no dia do meu aniversário, no ano passado, soltou um único cacho. Rosa? Não! Roxa. Pois é! Por isso estava com vergonha de se mostrar. Conversei com ela e disse que a amava mesmo assim. Este ano, toda carregada. Em todos os galhos, um cacho cheio de botões.

Antonio Luceni é professor universitário e escritor, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.

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