domingo, 21 de junho de 2009

O FELIPE FOI MASSA


Antonio Luceni
aluceni@hotmail.com


Desde a última Copa prometi para mim mesmo não torcer mais por nada relativo a esportes. É isso mesmo. Por mais que os torcedores inveterados de plantão queiram me censurar, foi isso mesmo que eu disse: não torço mais por nenhum time, jogo ou coisa assim.
Imagine, na Copa das madrugadas levantei britanicamente (e com o coração brasileiríssimo!) para assistir aos jogos e torcer pelo nosso Brasilzão e, como na Copa francesa, aquele fiasco a que todos fomos submetidos... Depois, o “derrotados” jogadores brasileiros rindo, numa churrascaria qualquer... bebendo! É mole? É mole, mas sobe, como diria José Simão.
Por isso, amigo leitor, decidi: não torço mais nem pra ganhar em bingo de quermesse!
Entretanto, quando dei por mim já estava ali, ligado na corrida de domingo, torcendo pelo Felipe Massa (e tendo que agüentar o enjoativo do Galvão Bueno). Já fazia algum tempo que não via uma corrida de Fórmula 1... desde Senna, eu acho.
Talvez tenha sido a garra de Felipe, o carisma e simplicidade que transmite nas entrevistas que dá, no brilho do olhar que tem cada vez que vai falar sobre corridas, na jovialidade e, ao mesmo tempo, na fibra e maturidade que tem como piloto.
Sabe aquele friozinho que a gente sente quando quer que algo aconteça? Pois é, foi esse mesmo que senti na última volta, na última curva, na última subida e na comemoração antecipada e equivocada da Ferrari.
Contudo, não foi dessa vez. O Felipe Massa ganhou a corrida, mas perdeu o Campeonato. Perdeu? Ainda há tempo. Ele é jovem, 2009 está aí. Massa ganhou nosso carinho, nossa admiração, o nosso desejo de passar os domingos torcendo para alguém que nem sabe que a gente existe, mas que, certamente, recebe nossa energia. (Será que voltarei a torcer por algum esportista no próximo ano?!)
O Felipe foi massa!

Antonio Luceni é professor universitário e escritor, membro da União Brasileira de Escritores – UBE.

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